segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Porquê eu amo zumbis

    Eu sei que zumbis não são um dos melhores monstros (tanto em aparência quanto em habilidades,pelo menos os clássicos),mas eu não consigo deixar os zumbis de lado de jeito nenhum!!!
Na minha sincera opinião,zumbis já estão se tornando moda.Não estou dizendo que isso é algo ruim.Mas acho que,mesmo com os "novos zumbis" surgindo a cada filme,jogo,etc.,acho que eles ainda tem muito a mostrar e evoluir.
    
     Eu acho que os filmes ,jogos e outras coisas inspiradas em zumbis não deveriam mostrar apenas sangue e violência,mas sim,mostrar o comportamento humano.Como já disse Robert Kirkman,criador  e autor dos quadrinhos The Walking Dead : "Para mim,os melhores filmes de zumbis não são aqueles festivais de sangue e violência (...).Os bons filmes de zumbis nos mostram o quanto somos terríveis,nos faz questionar nossa posição na sociedade".


     Falando em The Walking Dead...
     Essa é minha série preferida,não só pelos zumbis,mas também por ter exemplos da opinião de Kirkman. Podemos ver claramente conflitos provando conflitos entre sociedades,com muitos grupos "mal intencionados" e situações de extremo risco,onde é altamente necessária a confiança em estranhos.Em muitas cenas ao longo da série,podemos ver claramente como o ser humano pode se tornar horrível em situações extremas.


     Outro exemplo é o jogo Dying Light,onde você joga na pele de Krane,um agente infiltrado numa cidade infestada de zumbis.Nesse jogo,você deve confiar em muitas pessoas,mas nem sempre isso dá bons resultados.Esse é um jogo que eu recomendo muito,pois tem uma trama incrível,personagens marcantes e brigas e perseguições cheias de ação.

     O melhor de ver filmes,séries ou jogar jogos de zumbi,é quando você se apega a um personagem,pois você presta atenção em tudo que ele faz.O ruim é quando o seu personagem preferido morre,mas é uma dor boa ;)



     Da próxima vez que você ver algo de zumbis,seja filme,série ou jogo,preste atenção na mensagem,pois todos passam uma para a sociedade,mesmo tendo muita violência e sangue.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

A garota espantalho

     Jhon vivia na fazenda de sua família desde que nasceu, de modo que as tarefas matinais não eram incomuns para ele. Jhon carregava uma cesta sobre sua cabeça e fazia o seu caminho através dos grandes campos de milho que fazia parte da fazenda. Era época de colheita para ele e sua família... Então eles estiveram muito ocupados nas últimas semanas.

     Enquanto caminhava para o campo, ele não pôde deixar de notar o espantalho que estava no alto dos pés de milho balançando devagar. Essa coisa de velha tinha estado no mesmo local durante o todo tempo que ele podia se lembrar, todos esses anos lá, obviamente se desgastando, ele foi até o espantalho que na verdade foi feito com características de mulher. Seu cabelo longo, preto, grosseiramente bagunçando, seu vestido esfarrapado e rasgado e seu corpo pálido manchado. Ele pensou consigo mesmo o quanto ele adorava aquela garota espantalho.

     Ele ficou em silêncio olhando para a seu velha amiga, lembrando-se de como ele tinha compartilhado tantas coisas com o objeto inanimado quando era mais jovem e se sentia sozinho. A garota espantalho também tinha um sorriso eterno e olhos vazios que de certa forma era reconfortante para ele, ela tinha uma promessa silenciosa de nunca dizer outra alma tudo o que ele tinha dito a ela.Desde muitos anos que ele falava com a garota espantalho, mas também percebeu que com 18 anos de idade seria melhor não visto conversando com um objeto inanimado. Embora ela, a garota espantalho de alguma forma tinha vida. Ela foi sua primeira e melhor amiga. Eles viveram juntos, brincavam juntos e cresceram juntos... mas a respeito disso, ela nunca tinha notado antes que ele parecia ficar mais velho, enquanto ela ficava mais desgastada. Ele sorriu e sentou-se ao lado do pólo da garota espantalho. 

     - Sinto muito, faz tempo que não venho aqui - ele sussurrou para sua amiga. - Eu estive muito ocupado ultimamente. 
     O vento soprou o cabelo do espantalho e sussurrava o feno saindo de seu corpo. 

     - Sim, eu sei, acho que isso não é desculpa. É que eu conheci uma garota - disse ele sorrindo. - Ela é incrível. Acho que... você sabe... ela pode ser quem eu procurava. 

     Novamente o silêncio encheu seus ouvidos como o vento soprando através do campo de milho. A garota espantalho continuava completamente imóvel. 

     - Você gostaria de conhecê-la? Ela adoraria te ver! Hoje a noite ela vai jantar lá em casa, vou trazê-la para fora e depois apresentar uma a outra - disse ele ao espantalho enquanto se levantava. Ele olhou para sua velha e querida amiga, mais uma vez antes de ir para terminar suas tarefas diárias. 

     - Vamos Lilly! - Ele gritou para a moça, rindo enquanto ele corria com ela em direção ao campo de milho escurecido. Ele estava animado que sua namorada tinha concordado em vir jantar e conhecer seus pais, mas estava um pouco nervoso para mostrar sua amiga. O que ela pensaria? Ele era quase um adulto e ele ainda estava falando com um objeto inanimado?Ele sorriu para si mesmo, o que ele estava falando? Lilly era tão gentil, doce e compreensiva, é claro que ela gostaria de conhecê-la. Ele se virou para ver se sua namorada ainda estava seguindo, mas ele não conseguia vê-la. 

     -Lilly!? - Ele gritou enquanto olhava ao redor. - Não pense que você pode se esconder de mim no meu próprio campo! - Ele gritou penetrando o silêncio enquanto olhava para a silhueta dela se aproximando. Ele chegou até sua amiga espantalho, tendo a visão de suas costas em primeiro lugar. 

     - Olá - ele sussurrou. - Eu a trouxe para te conhec... - Ele parou de repente, ele caminhou até a frente do espantalho e descobriu que lá não era sua amiga que ocupava o poleiro, mas sim o corpo de Lilly. Seus braços e pernas foram amarrados grosseiramente com cordas sujas ao velho poste de madeira e seu estômago cortado com seus fluidos internos pingando do ferimento. Rosto de Jhon ficou pálido e ele caiu de joelhos com o choque.

     Quando suas mãos tocaram o chão, sentiu um pedaço de papel ao lado do poste de madeira. Com as mãos trêmulas, ele o pegou e leu a mensagem mal escrita:

     - Agora você não estará tão ocupado.

     Ele leu em voz alta, com a voz trêmula e os olhos cheios de lágrimas. Ele rasgou o papel e se levantou mais uma vez para olhar o cadáver pendurado na vara na frente dele, mas antes ele ficou cara a cara com o rosto sempre sorridente de sua velha e querida amiga.




Eyeless Jack

     Olá, meu nome é Mitch, e a história que venho a lhes contar ainda assombra minha mente e me faz repassar repetidamente os fatos procurando um sentido, uma resposta, um por quê.

     Eu tinha acabado de terminar um relacionamento e estava extremamente mal, com tudo isso, acabei perdendo meu emprego e tudo foi ficando cada vez pior. Comecei a beber e muito, estava sempre em bares e quase todas as noites ali estava eu, cambaleando pelas ruas e acabando por dormir num lugar qualquer. Diversas vezes fui parar no hospital por excesso de álcool, na minha ficha tinha colocado meu irmão Edwin como contato numa emergência, claro que, depois de isso praticamente virar rotina ele acabou me fazendo ir morar com ele por um tempo até as coisas melhorarem. Eu concordei, sabia que seria bom pra mim e eu eventualmente sairia daquela foça. Estava tudo indo bem e eu estava otimista com meu futuro e ter Edwin perto de mim me fazia bem, eu amava ter ele por perto.
     A partir da segunda semana coisas estranhas começaram a acontecer. Constantemente eu era acordado de madrugada por barulhos vindo de fora, a principio acreditava ser apenas um guaxinim ou algo assim. Então, eu ignorava. Depois que isso se repetiu por toda aquela semana, decidi falar com Edwin sobre isso, mas estranhamente, segundo ele, não existia guaxinins na região. Eu comecei a estranhar e a ficar com uma certa curiosidade e medo, porém fui mais sensato e cheguei a conclusão de que era qualquer outro animal e eu estava apenas exagerando. Isso continuou por mais alguns dias até que numa noite eu pensei ter ouvido minha janela abrindo e um estrondo, como se alguma coisa tivesse entrado no meu quarto. Me levantei abruptamente e olhei em volta, mas não havia nada. Na manhã seguinte, Edwin largou a xícara de café quando me viu. Ele ergueu um espelho perto e eu me vi. Eu tinha um corte enorme na minha bochecha esquerda, eu estava tão confuso quanto Edwin, não conseguia chegar a uma conclusão do por quê disso.  Acabei sendo levado para o hospital para levar pontos e depois de alguns exames o médico chegou e disse que eu devia ser sonambulo, "Claro" pensei, fazia sentido, mas meu momento de alivio durou pouco pois logo em seguida ele me mostrou algo que fez o meu sangue esfriar. Minha camisa foi levantada e pude ver um corte enorme na região aonde fica os rins. Meus se olhos arregalaram. "Você de alguma forma perdeu seu rim esquerdo na noite passada. Nós não sabemos como. Desculpe, Mitch." ele disse. Eu não conseguia entender, era tudo tão confuso, como, como que eu perdera o meu rim? Eu preferi acreditar que era tudo um sonho e que eventualmente isso tudo iria acabar, porém o que estava prestes a acontecer era demais para a minha sanidade. Era cerca de meia-noite, quando acordei para ver uma visão verdadeiramente horrível. Eu estava cara a cara com uma criatura usando um capuz preto e máscara azul escura, sem nariz ou boca, olhando para mim, a pior parte, a coisa que fez meu estomago enrolar e me fazer suar frio era o fato de que ela não tinha olhos, apenas vazias órbitas negras, era como se todo o mal estivesse naquela escuridão, e ela me encarava. Eu queria gritar mas não conseguia, meu corpo estava completamente gélido, era tudo muito real pra ser um sonho. Eu não sei por que decidi fazer isso mas rapidamente peguei a câmera que estava do lado na minha cabeceira e tirei uma foto, qualquer que seja aquela coisa, se fosse real e eu sobrevivesse iria querer ter alguma prova de que isso realmente aconteceu, e que eu não estava perdendo a cabeça. Assim que soltou o flash a criatura pulou em mim e pressionou uma de suas mãos na minha cara como se tentasse me afundar, e então ele começou a arranhar meu peito, rasgando minha camiseta e depois minha pele, fazendo de tudo para chegar aos meus pulmões. Neste momento eu percebi, era real, era tudo real e era ele, ele quem pegara meu rim. A partir daí comecei a lutar pela minha vida, chutei minhas pernas freneticamente até ele perder o controle e cair da cama. Levantei e corri o mais rápido que pude em direção da porta, enquanto pelo canto do olho, já no corredor, vi Edwin tentando entender o que estava acontecendo. Como eu queria ter parado e avisado ele, levado ele comigo, mas eu estava aflito, não conseguia pensar, só conseguia correr. Finalmente sai da casa e corri, corri até não poder mais, corri até meus pulmões não aguentarem, corri até minhas pernas começarem a doer, até eu acabar por cair no chão vencido pelo cansaço. Eu não sei o que houve mas acabei desmaiando ali.
     Acordei no hospital, e pensei "ah, graças a deus, foi tudo um sonho, eu estava aqui o tempo todo", como eu queria poder terminar esta história aqui, e tudo ter sido apenas um sonho, e que eu estava apenas internado no hospital, mas infelizmente, essa não é uma dessas histórias. O médico entrou no quarto. O mesmo que me tratava quando chegava bêbado e o que me tratara quando tive o corte na bochecha  
     "Vejo que você acordou" ele começou. "Bom, você teve ferimentos leves, mas por precaução vamos manter-lo aqui por mais 2 dias, depois seus pais virão buscá-lo."
     "Como assim ferimentos leves?" perguntei. até onde eu sei eu estava ali o tempo inteiro, provavelmente num coma alcoólico.
     "Você não se lembra? você foi encontrado inconsciente no meio da estrada a 5 km de sua casa"
      Então era real, era tudo real, meu irmão ele...
     "Cadê o meu irmão?" gritei, com meus olhos já se enchendo de lágrimas.
     "Ele... Ele morreu Edwin. Quando acharam você, foram para a casa dele para saber o que aconteceu e o encontraram caido no corredor, ninguém sabe o que aconteceu. Mitch eu... eu sinto muito."
     Meus pais me levaram de volta para a casa de Edwin para recolher os meus pertences restantes. Ao entrar no meu quarto, eu estava com medo, mas mantive a calma. Peguei minha câmera então parei. No corredor que leva para o meu quarto, eu vi o corpo de Edwin e algo pequeno deitado ao lado dele. Eu peguei a coisa pequena e entrei o carro do meu pai, não mencionando o cadáver de Edwin. Olhei para a coisa que eu tinha pego e quase vomitei. Eu estava segurando meu rim roubado, meio comido, com alguma substância negra sobre ele.




Enfermeira Ann

     Eu sou Ann Lusen Mia. Meu chefe é o Dr. Sebastian. Conhecemos todos os nomes e formas do corpo humano. Ele me disse recentemente que ele encontrou uma nova maneira de manter o paciente vivo, eu pensei que seria algo novo.

     Notei que ele me trata melhor do que os outros, há sempre uma pessoa mais fria. Ele é um médico muito sério. Aos poucos, percebi que eu me apaixonei por ele ... e depois de um tempo que passamos juntos, mais e mais tempo e ele me disse o que sentia. Eu aceitei.

     Quando começou, estávamos juntos, mais parecíamos grudados, as vezes eu me sentia perseguida, mas eu não me importava. Eu achava que isso era normal, eu o amo muito, por isso não foi um problema. Tudo estava bem, até que um dia ele me convidou para ir em sua casa para o jantar. Concordei com ele para comermos juntos.

     Quando estávamos na casa dele parecia um pouco tenso. Ele disse que tinha uma surpresa para mim no final. Ele se ajoelhou na minha frente e tirou um anel. Ele perguntou se eu queria me casar com ele. Eu estava tão feliz! É claro que eu concordei. Ele disse que tinha mais uma surpresa para mim... No porão.

     Nós descemos pelas escadas. Acendi a luz e tudo o que vi foram cadáveres no chão. Eu fiquei muito assustada e disse a ele que ele poderia me esquecer, eu não seria tão louca para casar com ele.

     Tentei fugir, mas ele me agarrou pelo pescoço, me jogou no chão e me vestiu com uma camisola, como aquelas que damos aos nossos pacientes em nosso hospital. Depois de muito tempo, eu estava no porão, trancada. Ele não parecia o mesmo bom médico que eu amava. Desta vez, seus olhos eram como os de um psicopata louco. Ele vestiu sua roupa de médico, como se ele estivesse pronto para a cirurgia.

     Ele disse que nunca conseguiria me esquecer. Ele enfiou uma faca no meu coração e me disse para não ter medo... Que eu ia querê-lo de volta... Então eu morri.

     Meu corpo reviveu, mas não era o meu corpo. Era maior... Eu não podia me mover porque está terrivelmente ferida. Eu estava acorrentada à mesa. Sebastian percebeu que eu tinha acordado, virou-se para mim e disse que agora poderíamos estar juntos para sempre.

     Eu juntei todas as minhas forças para conseguir levantar. Foi tanta força que fui capaz de quebrar as correntes. Eu ​​não percebi que não tinha braços... Eu olhei em volta e vi que eles estavam presos em correntes presas à parede. Eu tive que retirá-los de lá em pedaços. Além disso, tive que destruir a porta para sair desta casa amaldiçoada.


     Essa foi a minha história... e agora ... Eu sou um monstro... O que é permanecer sempre a mesma...


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Heartful Lou

     Olá, meu nome é Matt, abreviação de Matthew Hendrix. Estou escrevendo isso para informar as pessoas sobre este assassino em série que se chama Heartful Lou.

     Bem, seu nome verdadeiro é Louie Apricot, Lou para os mais próximos. Lou e eu éramos melhores amigos, nós fizemos tudo juntos. Lou tem cabelo castanho suave e brilhante, olhos castanhos, e aqueles lábios que parecem que tem o batom sobre eles.

     Vivíamos em Portland, Oregon, uma cidade perto de uma grande floresta bonita e exuberante. Lou vem de um ambiente estressante, a família de Lou estava sempre estressada. O pai de Lou deixou sua mãe quando ele tinha 5 anos de idade. A mãe de Lou praticamente lutava para pagar o aluguel; ela trabalhava como caixa no Wal-Mart. Lou ficava sozinho na maior parte do tempo, porque sua mãe tinha que trabalhar algumas horas extras para conseguir mais dinheiro.

     Lou era um bom garoto, tranquilo, educado, e um sorriso radiante, brilhante o suficiente para iluminar uma sala. Fomos para Central Catholic High School juntos. Ele sempre era bom nas aulas; ele costumava me ajudar. Nunca fui o melhor em matemática. Após uma hora de ajuda, ele viria até a minha casa e nós íamos jogar Call of Duty: Black Ops 2, apenas se divertir em geral.

     Em seguida, cerca de dois meses atrás, ele teve uma namorada: Samantha J. Lopez. Ela tinha um cabelo incrível, muito marrom, olhos azuis, e o corpo mais perfeito que qualquer garota queria ter. Lou e Samantha formavam um casal perfeito. Lembro-me de um dia em que Lou me convidou para ir a um parque de diversão com ele e Samantha, eu concordei. Lou estava tentando vencer o jogo onde você joga uma bola, e tenta nocautear as latas. Samantha decide tentar e conseguiu ganhar. Lou começou a ficar vermelho como um tomate. Samantha ganhou uma máscara e deu para Lou. Ela era toda branca, a não ser por um coração rosa grande no centro. Lou a colocou e abraçou Samantha, eu achava a máscara era assustadora, mas se Lou estava feliz, então eu estava feliz.

     Em seguida, na mesma época a mãe de Lou tinha perdido o emprego, então Lou começou a trabalhar em um supermercado, Winco Foods, ele basicamente era o cara que iria colocava os preços nos itens, colocava os produtos em seu lugar, e corrigia quando as pessoas misturavam os itens. A mãe de Lou trabalhou em uma pequena loja de roupas, e foi quem ajudou os clientes a encontrar o que precisam.

     Então, um dia, quando eu estava indo para a escola, eu vi Samantha, mas ela não estava com Lou, ela estava com um cara da minha aula de história, Derek Shale. Então eu os vi saindo, eu tirei uma foto e sabia que tinha que contar ao Lou. Depois da escola, convidei Lou para jogar Call of Duty, ele disse que "com certeza!". Jogamos uma partida, e eu não estava na minha melhor partida, porque eu estava pensando como explicar ao Lou sobre Samantha. O jogo terminou, Lou ganhou.

     -Sim eu ganhei! Você não foi tão bom, o que está errado? – perguntou ele.

     -Nada, só estava pensando nas minhas aulas - eu respondi.

     -Oh, bem, a gente se vê mais tarde, eu vou te visitar Samantha antes do trabalho.

     -Espere, há algo que eu tenho que te dizer - eu disse nervoso.

     -Claro cara. O que foi?

     Então eu mostrei pra ele a foto. Lou sentou-se e começou a cerrar os punhos, ele estava cheio de raiva.

     -O que você vai fazer? - Perguntei.

     -Eu não sei... Por que ela faria isso! - Lou levantou-se e pisou no chão com raiva.

     -Calma, tá tudo bem! - exclamei.

     -Não, ela... Ela me traiu!

     Os olhos de Lou começaram a se encher. Eu dei um segundo para Lou deixar suas emoções saírem.

      -Eu estou tão triste, mano. Se há alguma coisa que eu pudesse... – ele fez uma pausa – Não! Eu vou lidar com isso! Eu preciso ir falar com ela.

     Com isso, Lou pegou sua mochila e saiu. Cinco horas depois Lou voltou nervoso.

     -O que há de errado? - perguntei.

     -Entrei em uma discussão com Samantha, eu fiquei tão louco... eu ... eu ... - ele engasgou com suas palavras.

     -Você fez... O quê?

     - Eu dei um soco no rosto dela e bati a porta, chorando.

      Lou se sentou e começou a tentar se acalmar. Eu o acalmei com mais uma partida de Call of Duty. Após a partida, ele se acalmou um pouco e decidiu que ele deveria pedir desculpas.

     -Eu tenho que dizer que sinto muito, mas como?

     Eu dei a Lou uma ideia:

     -Por que você não vai visitá-la com aquela máscara que ela deu pra você?

     Lou começou a sorrir:

     -Isso é uma ideia incrível, obrigado mano.

     -Não há de quê. Na verdade, eu te levo até a casa dela.

     Lou e eu entramos no meu carro e eu levei Lou até a casa dele para que ele pudesse pegar a sua máscara, e algumas roupas melhores. Ele saiu com a máscara, uma camisa de manga curta preta, um par de jeans rasgado, e tênis Converse. Lou estava arrumando seu cabelo, enquanto eu estava dirigindo até a casa da Samantha. Eu estacionei na frente da casa, e vi como Lou foi até a campainha. Samantha saiu, e quando ela viu Lou ela começou a sorrir, apareceu sua covinha acima da contusão que Lou deixou em sua bochecha. Eles se abraçaram e eu não conseguia fazer outra coisa, a não ser apenas sorrir. Lou voltou e me contou o que aconteceu.

     -Samantha e eu estamos juntos de novo, e ela promete não me trair de novo.

     -Eu estou feliz por você, mano. Bem, é hora de você ir para o trabalho, eu te levo.

     Deixei Lou no Winco Foods, e fui para casa. Durante uma semana, tudo estava normal, mas depois, enquanto Lou estava no trabalho, eu estava fazendo um pouco de caminhada, e eu vi Samantha com Derek novamente. Engoli em seco. Eu estava em estado de choque. Eles se beijaram e Derek saiu. Eu tinha tirado uma foto deles se beijando, e sabia que Lou seria esmagado. Liguei para Lou:

     -Ei, cara, eu vou te buscar no trabalho. Eu tenho que te contar uma coisa.

     -Ok cara, valeu.

     Eu enrolava um pouco, tentando pensar em uma maneira de dizer ao Lou o que eu vi. Fui buscar Lou e mostrei a foto no meu celular. Lou cerrou o punho e tentou segurar sua fúria. Após alguns segundos, eu quebrei o silêncio.

     -Então o que você vai fazer?

     -Primeiro, eu tenho que terminar com Samantha.

     -Ok, cara. Eu acho que você precisa mesmo fazer isso.

    -Hey, me faz um favor? Me deixa cair fora no trabalho?

     -Claro.

     Deixei Lou em uma esquina perto do Winco Foods, e foi para casa dormir. Eu recebi um telefonema que me acordou, minha mãe queria que eu fosse buscá-la, eu disse ok. Levantei-me e entrei no carro. Eu estava dirigindo e vi o Lou. Ele estava usando sua máscara de coração e eu dei um sinal pra ele. “será que ele vai voltar pra ela?", Pensei comigo mesmo. O curioso foi que Lou não estava usando roupas extravagantes, ele estava usando um moletom com capuz laranja, calça jeans preta, e Converse. Eu o vi segurando um machado, era o mesmo machado que Winco Foods usa em caso de emergências. Eu também vi o que parecia ser uma alça de faca de açougueiro saindo do seu bolso. Eu fiquei curioso e comecei a segui-lo. Ele caminhou até a casa de Samantha. Então ... Lou ficou olhando na janela. Ele quebrou a janela com seu machado e entrou. Eu estacionei meu carro na frente da casa, e muito nervosismo comecei a espreitar pela janela.

     Eu acho que Samantha estava sozinha em casa ou algo assim. Seus pais não estavam em casa, e ela estava na cozinha fazendo um sanduíche, e gritou quando viu Lou.

     -O que há de errado? - perguntou Lou - Você não me ama?

     Samantha gritou e foi direto para a gaveta de facas. Lou jogou o machado na Samantha e ela se esquivou, mas o machado fez um corte em seu ombro.

     -Minhas intenções são melhores do que da última vez - disse Lou.

     Samantha pegou uma faca e se levantou, nervosamente segurando a faca. Lou pegou sua faca de açougueiro e foi para cima de Samantha. Samantha tentou acertar Lou, mas ele se esquivou e esfaqueou Samantha em seu estômago. Samantha ajoelhou-se com a dor. Lou pegou seu machado.

     -O amor é um dom, e você o manipulou. Pessoas como você não merece viver neste mundo, e eu vou ter a glória de levá-la para fora dele - Lou sorriu e puxou Samantha pelos cabelos. Samantha começou a chorar.

     -Shhh... Não tem problema, eu vou fazer isso rapidamente e sem dor. Não se preocupe. Você e Derek vão ficar juntos por toda a eternidade – disse ele.

     Com isso Lou cortou o pescoço dela e, com isso, o corpo de Samantha caiu no chão, imóvel. Então, Lou tirou a faca e começou a esculpir no peito de Samantha, eu não podia ver isso, eu vomitei e voltei para o meu carro. Quando cheguei ao meu carro, os pais de Samantha chegaram. Lou saiu pelo quintal, e pulou a cerca. Eu dirigi pra fora dali, com medo de que eu fosse responsabilizado pelo crime.

      Eu vi Lou correndo, eu sabia que não deveria segui-lo, mas eu não poderia segurar minha vontade. Eu segui Lou. Desta vez, ele parou na casa de alguém que eu não sabia quem era. Lou entrou da mesma forma que antes. Arrastei-me até a janela e comecei a assistir. Eu vi Lou entrar em um quarto, eu fui para o lado da casa para ver o quarto, era Derek dormindo em sua cama, seus pais no andar de cima, dormindo com música alta. Lou correu e pulou em cima de Derek, que acordou confuso. Lou ia acertar seu machado em Derek, mas foi parado por ele. Derek agarrou os braços de Lou e chutou seu leito.

     -O que você está fazendo aqui!? – perguntou Derek

     -O amor é um dom, e pessoas como você o manipulam para poder se beneficiar.

     Lou tentou acertar Derek com seu machado, Derek o bloqueou, agarrando o cabo do machado. Derek arranhou Lou no rosto, fazendo Lou cair. Derek correu para a porta, mas Lou agarrou sua perna, fazendo Derek cair. Lou correu e trancou a porta.

     -Por que você quer ir embora? Você não quer estar com Samantha?

     Lou colocou seu machado em uma mão e tirou a faca com a outra. O que aconteceu em seguida foi tão rápido. Demorei um segundo para perceber o que aconteceu. Lou jogou seu machado em Derek, Derek se esquivou do machado, mas ao mesmo tempo Lou já estava segurando a cabeça de Derek com a faca pronta. Derek não reagiu rápido o suficiente, Lou parou atrás de Derek e o esfaqueou nas costas, de uma forma que passou pelas costelas, sob a espinha dorsal, e esfaqueou sua medula espinhal. Derek caiu chorando, e não podia se mover. Lou pegou seu machado e ajoelhou-se sobre Derek.

     -Está tudo bem você estará em um lugar melhor.

     Com isso Lou acertou seu machado na cabeça de Derek. Lou então pegou a faca e começou a esculpir no peito de Derek, eu decidi que eu tinha que ver dessa vez. Vi o suficiente e fui para o meu carro. Busquei minha mãe e fui para casa. Eu tive um pesadelo, Lou estava me perseguindo, e à direita, quando ele estava indo me esfaquear, eu acordei. Liguei a TV e vi a notícia: "Dois adolescentes encontrados mortos em suas casas”. Então, algo me fez estremecer, no peito dos cadáveres foi escrito: "O amor é um dom. Não o manipule. I <3 U”. Eu não podia acreditar que o meu melhor amigo Lou, Lou Apricot, era capaz disso. Lou veio até minha casa no dia seguinte, sorrindo. Jogamos uma partida de Call of Duty. Lou só estava usando a faca no combate. Perguntei a ele o porquê e ele disse:

     -Eu quero aprender algumas técnicas novas.

     Lou saiu de casa depois do jogo. Uma hora depois, a mãe de Lou me chamou.

     -Mateus, você viu Lou, ele não está em casa – ela perguntou.

     -Não – respondi.

     Lou tinha fugido, aparentemente. Nada mais se ouviu falar sobre dele. Agora, as prostitutas, e enganadores foram sendo assassinados. Lou acha que ele está fazendo uma mudança no mundo.

      Apenas lembre-se, o amor é um dom, não o manipule... ou você vai conhecer... Heartful Lou.


domingo, 7 de fevereiro de 2016

Killing Kate

     Olá, meu nome é Kate Knight, mas alguns me conhecem como Killing Kate.

     Hoje eu vou contar a minha história, basicamente, como eu me tornei louca e assassina.

     Tudo começou quando eu era jovem, se me lembro de que eu estava em torno de 5 ou 6 anos de idade. Eu tinha longos cabelos castanhos escuros, olhos castanhos escuros e dentes de alguma forma realmente afiados. Eu vivia em um bairro agradável com os vizinhos agradáveis e um monte de crianças pra brincar, mas por alguma razão, eles nunca queriam brincar comigo. Mas, felizmente, eu tinha uma irmã mais velha chamada Victória. Ela tinha cabelos ondulados e coloridos e olhos cor de avelã. Ela sempre brincava comigo quando ninguém queria brincar comigo e ela era boa de papo.

     Meus pais estavam sempre lá pra mim e pra Victória, especialmente o papai. Ele foi gentil e engraçado como outros pais, mas havia alguma coisa sobre ele que eu não sabia na época. Então, lá estava minha mãe. Ela era alta, magra e sempre usava azul. Eu não sei por que, mas eu acho que era o seu estilo. Ela estava grávida do meu irmão, Mike, que nasceu no dia anterior ao meu aniversário. Todos estavam felizes quando ele nasceu, mas davam mais atenção para ele do que para mim. Um tempo se passou, eu tinha uns 7 ou 8 anos, Mike tinha 1 ano e Vitória 9. Acho que foi por aí que o meu pai se tornou alcoólatra.

     Nossa mãe incomodava o meu pai de todas as formas, dizendo “se você não parar com isso, eu vou te deixar” ou “se você não parar eu vou chamar a polícia”. Até que uma noite, quando minha irmã estava numa festa do pijama com alguns amigos, minha mãe e meu pai estavam brigando novamente. Eu estava acordada quando eu ouvi um barulho bem alto de uma porta batendo. Olhei pela minha janela. Lembro-me que o meu pai foi até uma velha barraca e pegou um facão que tínhamos e eu o vi entrar. Eu estava curiosa o suficiente para eu sair do meu quarto e descer as escadas. Eu ouvi um grito muito alto vindo da cozinha.

     Quando eu corri para a cozinha para ver o que estava acontecendo, eu vi o corpo sem cabeça da minha mãe no chão de madeira da cozinha e sua barriga estava aberta o suficiente para que eu pudesse ver suas entranhas e sangue em todo lugar. Eu olhei para trás e vi o meu pai, coberto de sangue da minha mãe, segurando a cabeça dela em uma mão e o facão na outra. Quando ele me viu, ele deixou a cabeça da minha mãe cair no chão de madeira, sorriu e disse: “Você é a próxima, Kate!”. Ele balançou o facão para mim. Eu consegui evita-lo e fugir. Eu me lembro que eu corri para o porão e me escondi. Eu o ouvi cantar “Brilha Brilha Estrelinha”, e ficava cada vez mais alto. Olhei em volta e encontrei um facão, possivelmente já estava ali há uma semana. Pequei o facão e coloquei na cintura. Meu coração estava batendo muito rápido, pois eu sabia que, se ele me encontrasse, ele me mataria. Eu o ouvi cantando mais alto, ele estava se aproximando. Eu fiquei quieta. Eu ouvi Mike chorando no andar de cima. Vi meu pai na porta do quarto de Mike ele olhou para mim e viu o facão que eu tinha em minha mão e me chamou de estúpida e veio atrás de mim. Eu me esquivei e ele voltou a ir ao quarto de Mike. Eu esfaqueei meu pai na perna, fazendo-o cair de dor e soltar o facão. Eu o puxei para fora, seu sangue sujou todo o chão, meu pijama e minhas mãos. Voltei para ver Mike, ele sorriu a me ver eu o peguei do berço. Meu pai estava atrás de mim com uma faca de bolço e cortou um lado do meu pescoço. Ele pegou o Mike e me empurrou contra a parede.

     Eu senti meu sangue escorrendo pelo meu pescoço. Eu fiquei muito irritada. Levantei-me, peguei meu facão e desci as escadas. Vi meu pai prestes a matar Mike com uma faca da cozinha. Sem pensar, arremessei meu facão e a lâmina ainda com sangue o acertou em cheio. Seu corpo caiu em cima do corpo sem cabeça da minha mãe. Eu tirei meu facão das costas do meu pai, olhei meus dedos e lambi o sangue que estavam neles. Eu goste ido sabor. Então olhei para Mike, que estava sentado no balcão da cozinha e disse: “Você pode guardar um segredo?”. Mike sorriu, e considerei isso como um “sim”. Eu o peguei e coloquei-o no chão da sala de estar e fui pegar algumas ataduras para minha ferida no pescoço. Depois disso, peguei uma garrafa com gasolina e derramei em volta da casa e dos corpos. Eu peguei um celular, alguns jogos e Mike e saímos. Peguei o celular e liguei para os bombeiros. Quando responderam, peguei a caixa de fósforos, acendi e joguei na casa.
     
     Em segundos, a casa pegou fogo. Mike eu apenas ficamos do lado de fora observando a casa do inferno desabar, mas depois me lembrei de que meu pijama ainda estava sujo de sangue. Olhei em volta para encontras outras roupas para vestir antes que os policiais chegassem. Então vi uma lavanderia que tinha ali perto. Fui até lá, peguei uma jaqueta de moletom preto da Hello Kitty e uma bermuda cinza. Peguei meu pijama e o joguei no fogo. Após 10 minutos, os policiais e os bombeiros chegaram e me perguntaram o que aconteceu. Eu fiquei quieta até que um dos policiais viu a bandagem em meu pescoço.

     -O que tem no seu pescoço? - perguntou ele.

     -É um lenço - respondi com um sorriso falso.

     Ele me olhou de um jeito estranho e me perguntou:

     -Você tem mais algum irmão, além do Mike?

     -Sim. Minha irmã Victória está dormindo na casa de uma amiga a três quadras daqui! – respondi de volta.
     
     Depois de respondê-lo, ele me disse para entrar no carro com Mike e iriam buscar minha irmã.
Quando chegamos à casa em que Victória estava, eu me lembro que os policias foram até a porta e chamaram por ela. Quando ela saiu, os policiais lhe contaram o que aconteceu. Ela começou a chorar. Eles disseram para ela entrar no carro. Quando ela entrou, começou a chorar mais ainda. Eu olhei para ela e a acariciava até pararmos em um velho prédio alto. Um dos policiais disse:

     - Vocês vão ficar aqui no orfanato. A senhora Flake ira mostrar a você onde dormir, ok?

     Eu e meus irmãos saímos do carro e a senhora Flake nos disse para segui-la. Ela era magra, velha e usava um colete de couro com uma saia longa e, honestamente, ela me assustava mais que meu pai. Ela nos levou até uma sala cheia de camas brancas. Parecia mais um hospital do que um orfanato. A senhora Flake nos mostrou nossas camas e nos deu cobertores e nos disse para descansar um pouco quando nos colocava para dormir. Eu estava pensando sobre como eu matei meu pai e como seu sangue estava jorrando por todo o chão. Um sorriso se formou no meu rosto e fui dormir.

(5 anos mais tarde)

     Eu estava com 12 anos e meio, minha irmã 14 e Mike com 5. Sim, ainda estávamos no orfanato, mas as coisas tinham mudado. Victória estava andando com uma menina loira, olhos verdes e tinha pele clara. Seu nome era Ashley Willo. Todos a adoravam, mas quando eu cheguei ao orfanato ela era uma vagabunda metida á riquinha. Ela zoava minha cicatriz do pescoço e adorava rasgar minhas roupas. Eu nunca me importei com isso. A única coisa que eu realmente me importava era com o Mike. Ele tinha cabelo castanho claro, pele pálida e olhos cor de avelã. Ele adorava um dinossauro de pelúcia que eu dei para ele no seu aniversário. Ele era tímido. Ele nunca brincava com as outras crianças. Ele sempre brincava comigo e às vezes a gente passeava num bosque ali perto. A gente costumava entrar pelo portão dos fundos. Havia um menino que vivia em frente ao orfanato e ele sempre me mandava um oi toda vez que ele me via. Ele tinha uns 13 anos e tinha cabelos castanhos e, infelizmente, isso é tudo que eu me lembro, mas ele era um bom amigo até que ele se mudou. Foi triste, mas sabia que ele estava em um lugar melhor do que aqui.

     No dia seguinte, eu estava na minha cama. Eu vi Victória entrando. Eu ia contar a ela sobre o incêndio e o que realmente aconteceu, porque eu sentia que ela precisava saber, mas fui interrompida por Ashley. Eu saí para o corredor, onde havia uma janela quebrada. Apoiei minhas costas na parede e sentei no chão. Uns 20 minutos depois, Ashley saiu do quarto, me viu e disse:

     - Oi, Kate! Pra onde o seu namorado foi?

     Comecei a ficar vermelha e brava.

     - Em primeiro lugar, ELE NÃO É MEU NAMORADO e ele foi para um lugar bem longe daqui.

     - Longe de você, vejo por que! – ela respondeu saindo e pegando seu celular.

     Eu fiquei tão chateada que peguei seu celular e o esmaguei no chão.

     - Você vai pagar por isso! – ela resmungou.

     - Eu não penso assim – respondi e me afastei.

     Eu senti uma dor aguda no meu ombro. Quando olhei por cima do meu ombro, vi um pedaço de vidro e Ashley sorrindo.

     - Eu disse que você ia pagar! – ela disse.

     Eu a vi rindo. Virei-me e lhe dei um soco tão forte que saia sangue do seu nariz e da sua boca. Ela gritou e a Senhora Flake veio correndo e perguntou o que estava acontecendo.

     - Ela me atacou. Eu tentei me defender e eu a empurrei no vidro! – Ela disse, se fazendo de vítima. Eu tirei o pedaço de vidro do meu ombro e a Senhora Flake me levou para o quarto da punição. Eu estava em um pequeno quarto sem luz, comida e água durante todo o dia. No dia seguinte, eu estava deitada em uma cama. Victória entrou e perguntou se eu estava bem. Ela parecia preocupada. Eu a olhei e disse a mim mesma: “Eu preciso contar pra ela agora”. Então eu disse:

     - Victória, você pode guardar um segredo? – eu disse de uma maneira tímida. Ela me olhou de um jeito estranho e disse:

     - Sim?

     -jura pela sua vida?

     - Juro pela minha vida.

     Depois disso, eu disse para ela tudo o que realmente aconteceu no dia do incêndio. Depois que eu contei, ela me disse que estava indo para fora e saiu. Fui até a minha cômoda e peguei algumas roupas para me trocar. Eu peguei minha camisa preta e vermelha de manga longa e meu jeans preto, olhei de baixo da minha cama para pegar os meus Converse de cano alto. Ao fazer isso, eu encontrei algo inesperado. Eu encontrei o velho facão que eu usei para matar meu pai. Ainda estava sujo com o sangue dele. Mas ignorei, peguei meus Converse preto e branco e os calcei. Mike entrou e me perguntou:

     - Kate, v-você quer brincar comigo? – eu olhei para ele, sorri e disse:

     - Sim, vamos lá pra fora.

     Quando saímos, as crianças nos olhavam de uma forma esquisita. Lentamente, elas nos cercaram e ouvi alguém gritar “Assassina!”. Vi Mike morrendo de medo e eu lhe disse: “Vá pra dentro, agora!”. Ele entrou e agora eu estava sozinha com crianças estranhas me cercando. Ashley apareceu no meio das crianças e disse:

     - Você é um monstro! Como usa Matar os pais da Victória?!

     Meus olhos se arregalaram e eu olhei para Victória. Ela olhou para mim com uma expressão irritada em seu rosto.

     - E monstros como você precisam aprender a lição! – Ashley disse.

     Uma das crianças jogou um tijolo em mim, que bateu no meu quadril, fazendo-me cair de dor. Em seguida, tosas as crianças começaram a me bater e me chutar. Olhei para cima e vi Mike me olhando através da janela. Ele batia na janela enquanto chorava, como se isso fizesse eles pararem de me machucar, mas não adiantou. Ashley e alguns garotos tinham uma faca, em seguida, Victória tinha um tijolo e me bateu na cabeça com ele.

     Quando acordei, estava escuro e chovendo. Olhei para minhas mãos e havia sangue nelas. Arregacei minhas mangas. No meu braço estava escrito MONSTRO a cortes. Um sorriso se formou no meu rosto com maldade e eu disse:

     - Vocês, pobres crianças. Vocês não percebem o que fizeram.

     Levantei-me e me dei conta de que meu cabelo foi cortado e meus jeans arrancados. Caminhei lentamente para dentro, quando vi Mike de pijama sentado no chão frio, chorando. Eu fui até ele. Ele olhou para cima e me abraçou, eu o abracei de volta. Então eu disse a ele:

     - Mike, você pode ir pro quarto e brincar um pouco no fim do corredor? Sua irmã tem algumas coisas pra terminar.

     Ele balançou a cabeça e foi para o quarto.

     Eu andei até minha cama, peguei meu facão e fui até a cama da Ashley. Ela acordou e quase gritou quando me viu com o facão. Eu cobri a boca dela e disse:

     - Shh. Ashley, você pode guardar um segredo?

     Ela olhou para mim om medo e balançou a cabeça. Cheguei perto de seu ouvido e disse:

     - Você parece mais bonita morta!

     Eu a esfaqueei no estômago até que o sangue saiu pingando da boca dela. Depois matei todos que estavam no quarto, um por um. Victória foi a última. Eu a acordei e a agarrei. Empurrei-a contra a parede e a olhei insanamente.

     - O que você quer de mim? – ela gritou.

     - Oh, acho que você sabe o que eu quero.

     Eu peguei sua língua e a cortei fora. Ela gritou e gritou de dor e seu sangue jorrava de sua boca.

     - ISSO É POR NÃO GUARDAR O SEGREDO! – gritei.

     Eu a esfaqueei no coração e disse:

     - Isso é por me trair.

     Ela caiu da mesma forma que meu pai caiu. Eu olhei para trás e vi Senhora flake ali, com medo em seus olhos e com um telefone na sua mão direita.

     - Você gosta do que vê? – eu perguntei, sorrindo para ela.

     Ela olhou para mim e correu. Eu corri atrás dela até a cozinha. Eu parei e olhei em volta, verificando se ela estava lá. Em seguida, um esguicho de água sanitária atingiu meus olhos e minha visão ficou borrada e tudo que eu vi foi um vulto, era a Senhora Flake. Eu peguei meu facão, tentando acertá-la até que ouvi um grito. Eu esfreguei meus olhos e vi a cabeça da Senhora Flake aberta. Eu peguei meu facão que estava em seu crânio e olhei para o seu colete de couro preto. Eu peguei a garrafa de água sanitária e fui para o banheiro. Olhei-me no espelho que estava preso na parede em cima da pia. Meus olhos estavam amarelos e brilhantes e eu estava coberta de sangue. 

     Peguei a garrafa de água sanitária e derramei seu conteúdo na pia e misturei com o sangue que sujava o meu facão. Consegui um vermelho escuro e mergulhei as pontas do meu cabelo para tingi-lo. Dois minutos depois, eu saí do banheiro e fui até o quarto onde meu irmão estava dormindo, abraçado com o seu dinossauro de pelúcia e cheguei mais perto. Eu bati de leve em sua cabeça, ele acordou e me viu. Seus olhos se arregalaram e ele disse:

     - Kate, é é você?

     - Sim, sou eu – eu respondi, olhando para ele.

     Ele se levantou e olhou para o meu facão. Olhei para ele e disse:

     - Não se preocupe, eu não vou te machucar.

     Ele segurou minha mão e me disse que queria caminhar na floresta. Logo depois que ele disse isso, ouvi sirenes da polícia.

     - Merda! – gritei. Peguei Mike e corremos pelo corredor.

     Quando a polícia nos viu, eles começaram a atirar em nós e uma das balas passou de raspão o lado do meu pescoço. A dor era insuportável, mas eu ignorei e continuei correndo até que um dos policiais conseguiu me alcançar e me abortou por baixo. Eu empurrei Mike para o lado. Não podia me mover em pegar meu facão. Então, com meus dentes afiados, arranquei um pedaço da carne do pescoço do policial. Ele soltou e gritou de dor. Mike olhou para mim e correu para mim. Eu ouvi um estrondo e vi meu irmão levar um tiro. Olhei para trás e vi que o policial que me abordou tinha uma arma. Eu peguei meu facão e lhe cortei a cabeça. Olhei para trás e deixei meu facão cair. Corri até Mike e me sentei ao lado dele, seu sangue corria para o chão. Ele olhou para mim com lágrimas nos olhos e disse:

     - Ka-Kate...

     - Mike, tá tudo bem, eu tô aqui, você vai ficar bem – respondi.

     Eu olhei ao redor, tentando encontrar alguma coisa para parar o sangramento. Ele colocou sua pequena mão sobre o meu rosto e eu olhei para ele. Ele fracamente sorriu e disse:

     - Kate, tá tudo bem. Eu vou ver a mamãe e eu serei um anjo, como ela – ele me deu o dinossauro – aqui.

     - Mike! – eu sussurrei tristemente.

     Ele lentamente deu seu último suspiro e fechou seus olhos. Meus olhos se arregalaram e abracei seu corpo sem vida.

     Eu me levantei, peguei meu facão e fui para a sala de enfermagem e peguei algumas bandagens brancas e as envolvi em volta do meu pescoço. Sai do orfanato antes que mais policiais chegassem. Fui pela porta dos fundos e fui até a floresta. Eu andei e andei até que parei e comecei a chorar. Abracei o dinossauro cheio de sangue do Mike. Eu chorei e chorei até que minhas lágrimas se tornaram sangue. Olhei para o Sol que estava nascendo. Vi uma casa com luzes acessas. Eu sorri maliciosamente e disse:

     - Eles me machucaram e eu os machuquei!

     Peguei meu facão e fui até a casa e eu acho que você sabe o que aconteceu em seguida.



     Então, você pode guardar um segredo?

Você pode guardar um segredo?