Aí, já estou cansada de todos falando
apenas do Jeff, não existe só ele no mundo. Meu nome é Jane Arkensaw, conhecida
como Jane the Killer. Eu não suporto mais Jeff, Jeff e Jeff.
Minha vida mudou no dia em que Jeff e sua família se mudaram para a casa do lado da minha. Estava sentada no meu quarto quando recebi a notícia de uma família nova no bairro, não fiquei surpresa com aquilo. Nosso bairro era agradável, e as casas eram relativamente baratas, considerando onde se localizava.
Eu tinha apenas 13 anos quando eu vi o Jeff pela primeira vez. Falar com o Jeff? Hmm... Tentei falar com ele uma vez antes de tudo, mas não fui por minha própria vontade, mas ainda é muito cedo, vamos voltar para a minha história.
A primeira vez que eu vi o Jeff, acho que foi meio amor à primeira vista. Parecia ser um bom garoto. Provavelmente tirava boas notas na escola, deveria ser um garoto legal. É, também tinha seu irmão mais velho Liu, ele parecia colocar sua família antes de tudo. Liu e Jeff ficavam sentados na calçada e ficavam olhando pro nada. Não colocava muitos pensamentos em minha cabeça pois estava me preparando para a escola, quase sempre chegava atrasada, era uma coisa um tanto quanto normal.
No dia seguinte quando estava indo para a escola atrasada de novo, vi Randy e seus amigos indo na direção de Jeff e Liu. Randy era o valentão, ele sempre pegou no pé de todos. Ele foi o motivo pelo qual os meus pais me levavam e me buscaram na escola muitas vezes. Todos sabiam que Randy e seu grupo tinham facas e ameaçava usá-las em nós, nunc chegou a cortar ninguém, eu acho.
Bom, eu fiquei apenas de longe observando a cena de Randy tenteando assustar Jeff e Liu. Me assustei um pouco ao ver Randy puxar sua faca e apontar para Liu. Nesse momento, Jeff se levantou e foi na direção de Randy. ”Sente-se... Não seja estúpida”, pensei. Então, eu vi o soco que Jeff deu no rosto de Randy e quebrando o pulso dele.
- Oh, meu Deus - murmurei, olhando a cena - Seu idiota!-gritei.
Meus pais saíram de casa de casa e perguntaram o que estava acontecendo. Em seguida, eles viram o que estava acontecendo. Logo Jeff esfaqueou um dos garotos, acho que seu nome era Keith e deu um soco no outro que acho que era Troy.
Depois disso, aconteceu uma coisa muito estranha do colégio, ficava na mesma turma que Jeff e algumas vezes ele olhava pra mão dele que estava um pouco suja de sangue e ria baixo, olhei para Liu e vi que ele não notou o comportamento estranho do irmão. Liu não sabia, mas seu irmão estava mudando de um jeito assustador...
Jeff realmente era uma aberração...
No dia seguinte descobri que Liu havia sido mandado pro reformatório por causa de Randy e seus amigos. Não acreditei. A culpa era do Jeff, ele havia posto a culpa em seu irmão?
Não podia ser que aquele garoto fez isso com seu irmão.
- Eu ouvi dizer que Liu cortou o braço de Keith - Murmurava uma garota que passava a minha frente.
- Eu ouvi que o Liu deu um soco tão forte no rosto do Randy que ele não consegue mais enxergar.
Como aquela luta de Jeff tinha virado uma luta de Liu?...
Os dias passaram devagar e logo chegou o dia do aniversário de Billy. Consegui fingir que tinha pegado uma gripe pra não ir naquela festa. Fui até a janela, que costumava deixar aberta e vi uma coisa muito engraçada. Jeff correndo, com um chapéu de cawboy e uma arma de brinquedo. Ele estava tão ridículo que eu tive que rir. Talvez ele não é o monstro que eu acho...De repente vi Randy e seus amigos.
-De
novo?- Murmurei.
Vi Randy e Jeff trocando uma pequena conversa. Não dava pra ouvir. Então, vi Jeff dar as costas para Randy.
- Não!- Quase gritei.
Randy correu e atacou o Jeff. Eu estava prestes a pegar o telefone e discar 911 quando ouvi Troy e Keith ameaçando as pessoas. Eu não podia chamar a polícia, ou as pessoas da festa poderiam morrer. Jeff estava apanhando muito, levara vários chutes no rosto.
- Randy, para!-Gritei, mas ele não pode me ouvir por causa das crianças que gritavam. Eles iam matar Jeff se ninguém fizesse algo. Meu coração estava batendo muito rápido, parecia que ele ia explodir, ignorei a minha razão, então, liguei para a polícia.
- Olá, polícia.
- Preciso de ajuda! Há uma emergência aqui na casa do lado! Alguns caras pularam a cerca e estão batendo num garoto, quase matando, eles estão armados.
- Ok, fale o endereço.
- Por favor.
Ouvi o som de tiros, gritei e deixei o telefone cair se quebrando. Corria para a janela, eu esperava ver Jeff morto, mas, pelo contrário, ouvi pessoas gritando que Randy e os outros garotos estavam mortos.
MORTOS? Jeff havia ganhado? Não, pois ouvi gritos dele e alguém falando que ele estava pegando fogo. Ele estava deitado no fundo das escadas. Sai correndo do meu quarto, peguei um extintor que meu pai tinha guardado, pulei a cerca e fui até Jeff apagar o fogo. Ele esta desacordado, algumas partes do seu corpo estavam carbonizadas. Assim que vi Jeff daquele jeito, acabei desmaiando.
Quando acordei, estava numa cama de hospital, vestindo aquelas camisolas horríveis. Uma mulher entrou no quarto chorando e foi me abraçar. Me assustei de mais com aquilo.
- Hã?
Logo entraram meus pais e olham para mim sorrindo.
- Filha, essa é a Margaret, mãe do Jeff.
Olhei para a mulher e sorri de canto.
- Você que salvou a vida do Jeff.
- Salvei?
- Se não fosse por você, ele teria morrido carbonizado.
- Eu sempre soube que Randy era perigoso, mas não a ponto disso– Comentou minha mãe.
Olhei pra mãe de Jeff que agora me soltou e perguntei sobre o Jeff.
- Ele acabou de sair de uma cirurgia algumas horas atrás. O médico disse ele ficará bem.
Após
ouvir isso, pude relaxar.
- Jane?-Perguntou
Margaret.
- Sim?
- Sabe o que houve no primeiro dia de Jeff e Liu na escola?
- Sim,
Jeff só estava defendendo seu irmão.
- Não tínhamos ideia que Jeff podia fazer algo assim- Disse Peter, pai de Jeff.
- Estou disposta a testemunhar que Liu não atingiu ninguém e que Jeff só bateu em Randy e sua gangue em autodefesa.
- Não, não é necessário- Disse Margaret-Liu está sendo liberado da prisão depois do que aconteceu com esses meninos.
- Isso é muito bom- Eu disse.
- Só viemos para agradecer por ajudar o nosso filho. O mínimo que podemos fazer é convidá-la para jantar na nossa casa assim que Jeff sair do hospital.
Olhei para os meus pais e eles disseram:
- Seria uma honra.
- Está resolvido então! Vamos chamá-la assim que Jeff deixar o hospital- Disseram se retirando do quarto.
Dois dias se passaram e fui liberada do hospital, durante esse tempo, não tive nenhum contato com Jeff nem com sua família, mas ouvi dizer que Liu foi liberado da prisão e Jeff tinha acordado. Quando voltei para a escola, eu não esperava me tornar o centro das atenções, mais ou menos, porque eu era a única que viu o que houve na festa. Mas as únicas pessoas que eu contei sobre o que realmente aconteceu foram para os meus amigos: Dani, Marcy e Erica.
- Jeff deveria ter torturado mais aqueles idiotas- Disse Dani. Ela tinha cabelos negros e seus olhos eram de cor azul safira. Ela geralmente era a mais sangue frio.
- Aí, para! Pelo menos ele acabou com eles- Disse Erica rindo. Ela sempre usa aquelas roupas estranhas dos anos 80 ou algo do tipo, sempre muito colorida.
- Ele também levou a Jane para o hospital. Talvez ela que venceu ele- Comentou Marcy rindo. Era a mais feminina do nosso pequeno grupo. Tinha longos cabelos loiros, olhos castanhos e quase todas as vezes ela estava usando algo rosa.
- Aff, eu
já disse, fui ajudar ele.
- Ou talvez você quer ver o seu amor pela última vez antes dele morrer- Disse Marcy numa voz dramática e se encostando em mim.
- O que...O que?
- Eu sei seu segredo Jane Arkensaw! Você tem uma queda por Jeff!- Disse Marcy deitando a cabeça no meu ombro.
- Eu não tenho porra nenhuma, só quis ajudar ele!
- Mentirosa!- Disse Dani- Desde que ele brigou com Randy pela primeira vez, você não para de falar sobre ele. Jeff isso... Jeff aquilo... Confesse logo seu amor por ele.
- Não! Não estou apaixonada pelo Jeff!
- E aquela nota sobre a mesa- Falou Erica.
- Não, não tem em nada há ver!
- Então, admite que fez a nota?
- Do que você está falando?
- Sei
lá- Disse Marcy rindo- Relaxa Jane, é apenas uma brincadeira.
- Você está tão vermelha – Falou Erica.
- Eu odeio vocês- Resmunguei.
As semanas foram passando, tudo parecia normal. Liu até fez amigos. Tudo estava normal até que Liu veio falar comigo sobre Jeff.
- Eh, desculpe, mas você é a Jane, certo?
- Sim- Respondi sorrindo – Você é Liu, o irmão do Jeff?
- Sim.
Liu parecia um pouco desconfortável. Então, eu também fiquei.
- Bom, meus pais mandaram te falar que Jeff vai tirar suas ataduras em poucos dias, então, logo vamos chamar você e sua família para jantar lá em casa.
- Ah... Okay, bem obrigada...
Ele estava prestes a virar e ir embora quando eu disse:
- Liu... Escuta, o que você fez por Jeff... Foi muito respeitável.
- Oh, obrigado. Ouvi que você ajudou Jeff com um extintor. Isso foi legal.
- Bem, obrigada.
Vejo você por aí, eu acho.
- Sim, vamos se ver - Disse Liu indo embora.
Eu não entendi o porquê mais assim que Liu deu as costas comecei a sorrir.
- Que feio senhorita Jane, enganando seu namorado com o irmão dele.
Me virei e vi Marcy sorrindo.
- Que feio é o irmão do seu namorado!
- Cale a boca!- Gritei.
Ao notar que eu havia gritado e Marcy falava alto me virei para Liu para ter certeza de que ele não tinha escutado nada- Vamos para a aula.
Dois dias se passaram até que o telefone tocou, minha mãe atendeu e assim que desligou, foi falar comigo.
- Jeff está saindo do hospital hoje, Jane.
- Isso é ótimo!
Algumas horas se passaram e ouvi um carro parar em frente à casa de Jeff. Olhei pela janela e vi o carro da família de Jeff. Finalmente, Jeff estava em casa. Eu fiquei ali na janela esperando para ver Jeff, como eu estava errada, deveria ter saído dali. Seu pai deixou o carro. Então sua mãe. Então Liu, mas eu esperava para ver Jeff, não era o garoto que eu conhecia. Seus longos cabelos castanhos agora eram negros e batiam em seus ombros, a pele era branca e parecia couro, e aquele sorriso...aquele sorriso era o mesmo sorriso que vi quando estava na sala de aula após ele bater em Randy e nos outros. Jeff olhou para mim... Aqueles olhos, eu senti minha alma queimando. Eu ainda me lembro disso, ainda temo ao lembrar, estou tremendo enquanto escrevo isso...
Ele apenas me olhou por alguns minutos, mas pareciam horas. O vi entrar na casa com seus pais, notei que não respirava, estava tão assustada... Minha única resposta foi um grito, muito alto. Então, desmaiei. Quando acordei, estava no meu quarto, sozinha. Estava tão escuro. A casa estava num silêncio mortal. Me levantei e desci as escadas. Fui para a cozinha, as luzes estavam acesas, o que era incomum, meus pais sempre falavam para desligar as luzes após sair do cômodo. Havia um bilhete sobre a mesa. Eu o peguei. Rabiscado no papel estava escrito: “Você não vem para o jantar? Seus amigos também estão aqui”.
Eu comecei a tremer. Deixei o papel cair e corria para o lado de fora, vi as luzes da casa de Jeff acesas. Eu tinha que ir lá, mas eu estava tão assustada... Então, vi uma coisa. Era Jeff apoiado na janela de sua casa, olhando para mim com uma faca na sua mão e batendo-a contra a janela como se tentasse chamar minha atenção ara ir lá. Comecei a dar uns passos para trás. Ele ainda sorria. Me afastava da janela sem tirar os olhos de Jeff, então, me virei e corria para dentro de casa, assim que entrei notei uma mancha vermelha de sangue na janela. Fiquei alguns minutos olhando para a janela. Fiquei alguns minutos olhando para a cozinha, tudo em seu lugar, até as facas. Eu peguei uma e segurei com muita força. Peguei o telefone para ligar para a polícia, mas a linha foi cortada. Não tinha ideia de onde estava o meu celular. Eu não queria ir lá em cima, eu não queria ser apunhalada pelas costas, e se eu fosse pedir ajuda para algum vizinho? Não, Jeff pode matar ou machucar a pessoa que ele tem em cativeiro. Tenho que enfrentar Jeff, sozinha...
Segurava a faca com muita força e sai pela porta da frente, cada passo que dava sentia como se estivesse mais próxima da minha morte, os poucos metros de distância da minha casa para a de Jeff pareciam menores. Quando finalmente cheguei à porta da casa de Jeff, meus joelhos começaram a tremer, minhas mãos começaram a suar, e eu comecei a respirar ofegante. Agarrei a maçaneta tripulada, apertei meus olhos e abri a porta. Fiquei parada na porta, com uma faca na minha mão direita e na mão esquerda a maçaneta, estava assustada de mais para abrir os olhos. De repente, ouvi uma voz.
- Parece que você veio. Estou feliz que você veio, amiga.
Abri os olhos. Em seguida, chorei. Os olhos de Jeff estavam arregalados e sem piscar e seu sorriso era vermelho. Ele havia esculpido um sorriso no seu rosto! Suas roupas estavam cobertas de sangue, e então, eu desmaiei. Quando acordei, estava em uma mesa de jantar. Minha faca havia sido tirada de mim e quando olhei ao redor, vi pessoas sentadas à mesa comigo. Eram os pais do Jeff, Liu e meus amigos. Todos mortos, com um sorriso esculpido no rosto e cavidades grandes e vermelhas no peito de cada um. O cheiro era insuportável, é indescritível... Diferente de tudo que já havia cheirado antes. Era o cheiro da morte. Tentei girar, mas tinha uma mordaça na minha boca e eu estava amarrada na cadeira.
- Olha quem finalmente acordou.
Me virei e olhei para o meu lado direito onde estava Jeff. Tentei girar, mas a mordaça não deixava. De repente, ele estava ao meu lado com sua faca contra minha garganta, comecei a chorar.
- Shhhhh, shhhh, shhhh. Não é educado gritar com os amigos.
Ele começou a passar a lâmina da faca pelo meu rosto, fazendo linhas invisíveis a partir dos cantos da minha boca, que iria formar um enorme sorriso. Virei meu rosto, mas ele agarrou a parte de trás da minha cabeça e me forçou a olhar para a cena a mesa.
- Agora, não seja rude, você está insultando a todos.
Fiquei vendo todos com aquele sorriso esculpido no rosto e com seus peitos sangrando. Eu chorava demais, não queria ver aquela cena.
- Awwww, o que foi?- Jeff ronronou – Você está chateada que não é bonita como eles? Não se preocupe, eu vou fazer você ficar bonita também. O que você disse? – Falava ele em um tom infantil, deslizou a faca sobre a mordaça e a cortou.
Eu cuspi
a mordaça e olhei diretamente em seus olhos. A cabeça caia para o lado, me
olhando como se fosse uma criança sem entender o que acontecia.
- O que foi?
- Foda-se- Disse, encarando Jeff - Vou ter que rejeitar esse coringa!
Ele simplesmente riu da minha cara. Eu preferia quando ele apenas sorria...
- Você é ainda mais engraçada do que eu pensava.
Ele veio para perto de mim, deixando seu rosto quase colado ao meu, desviei o olhar, sentia sua respiração contra a minha pele, ele passava a faca pela minha bochecha colocando uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.
- Amigos fazem favores para seus amigos, certo? Bem, eu vou fazer um favor para você.
Ele se afastou de mim e saiu do quarto. Olhei para a mesa de novo e voltei a chorar. a poucas horas, todos estavam vivos, ainda chorava quando Jeff voltou.
- Não chore, vai ser breve – Disse Jeff.
Eu olhei para ele e vi que ele segurava um jarro de água sanitária e uma lata de gás. Meus olhos arregalaram.
- Eu não
tenho álcool, vai ter que ser isso – Disse ele.
Então, ele me cobriu de água sanitária e deixou o gás vazando na minha frente.
- É melhor se apressar, Jane. Vou chamar os bombeiros.
Ele acendeu um isqueiro, em seguida, jogou em mim. Eu gritava o mais alto que eu podia. A dor era insuportável. Eu podia sentir a pele sair do meu corpo deixando só a carne, o calo que penetrava em cada poro do meu corpo, evaporando o sangue das minhas veias, meus ossos se tornando frágeis e carbonizados. Antes de apagar, ouvi Jeff.
- Adeus minha amiga, eu espero que você se torne tão bonita quanto eu sou!- Disse Jeff, antes de dar uma risada demoníaca. Depois, ficou tudo preto.
Quando acordei, eu estava sentada numa cama do hospital, enfaixada da cabeça aos pés, doía até simplesmente piscar ou respirar. Notei que estava sozinha, gemi alto com a minha boca enfaixada, uma enfermeira veio poucos minutos depois.
- Jane, você pode me ouvir?
Olhei para ela, a sala começou a girar.
- Jane, eu sou sua enfermeira, Jakie, eu não sei como dizer isso, mas sua família morreu num incêndio.
As lágrimas começaram a cair pelo meu rosto e comecei a soluçar.
- Não, querida, não chore. Você não conseguirá se fizer isso. Não dava pra parar.
- Jane, vou
lhe ar algo para se acalmar, okay?
Senti algo no meu sangue, então, cai no sono...
Quando eu acordei, podia mexer melhor meu corpo, olhei em volta e vi que meu quarto tinha flores, algumas estavam normais outras estavam morrendo. Eu tentei me levantar, mas a enfermeira veio e me colocou para baixo. Tentei falar, minha voz era áspera.
- Quanto tempo eu dormi? – Perguntei
- Quase duas semanas. Você foi posta em coma induzido para o seu corpo se curar.
- Me dê um espelho – Eu disse.
- Jane, acho melhor...
- Mandei
me dar um espelho!-Interrompi, morrendo de raiva.
Quando olhei no espelho, o deixei cair. Minha pele era couro marrom, eu não tinha um único fio de cabelo na minha cabeça, e a pele em torno de meus olhos foram caindo. ESTAVA QUASE IGUAL AO JEFF!!!
Comecei a chorar mais do que antes. Logo apareceu um homem na porta com flores.
- Desculpe-me, eu tenho que entregar para uma miss Arkensaw.
- Eu pego-Disse Jakie se levantando e foi até a porta.
- Parece que alguém se importa com você, Jane. Essa pessoa manda flores todos os dias. Também tem um pacote.
Peguei o pacote que estava embrulhado com um papel rosa amarrado por uma fita marrom. Logo apareceu um homem com flores na porta.
- Desculpe-me, mas eu poderia comer algo?- Perguntei da maneira mais doce possível.
- Claro, vou pegar – Disse Jakie sorrindo e saindo do quarto.
Minhas mãos tremiam quando abri o pacote, dentro tinha uma máscara braça com um preto ao redor dos olhos e um sorriso feminino preto, também tinha uma renda preta cobrindo os olhos da máscara. Dentro, também tinha um vestido longo com gola alta preto, luvas pretas e uma peruca preta com cachos bonitos. Junto com todas essas coisas tinha um buquê de rosas negras e uma faca de cozinha afiada. Sobre a máscara, havia uma nota:
“Jane, sinto muito. Eu errei com a tentativa de torná-la bonita. Então te dou essa máscara que vai deixar você muito mais linda. Ah, e você esqueceu sua faca comigo, eu pensei que você ia querer de volta,
Assim que a enfermeira voltou, escondi tudo debaixo da cama. Naquela noite, quando todos estavam dormindo, eu fugi. O único ruim, é que eu fui obrigada a usar as coisas que Jeff havia me dado. Usei a peruca para ficar mais discreta. Eu não sei para onde eu estava indo, eu não me importava. Andei até o cemitério. Entrei e encontrei duas lápides: Isabelle Arkensaw e Gregory Arkensaw. Sentei na frente dos túmulos e gritei. Peguei a máscara e a coloquei, então, peguei a faca e a segurei com todas as minhas forças.
Me virei e vi o sol nascendo, minha vingança contra o assassino Jeff começou. A partir daí, meu novo nome é Jane Eterna, porque eu quero ser a única coisa mais a eterna a Jeff do que a loucura que leva muitos a morte. Desde aquele dia, ando em busca de Jeff para matá-lo para vingar meus pais, persegui-lo como o animal que ele é. Eu vou encontrá-lo e matá-lo. Vou mandar meu querido amigo dormir.
Bom, se me dá licença, o sol está se pondo, e é hora de acabar com as vítimas do Jeff antes dele, e depois, matá-lo.